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MESMO SEM AULAS, PREFEITO DE VALADARES MANTÉM GASTOS COM TRANSPORTE ESCOLAR

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Despesa com transporte escolar continua, mesmo sem o fornecimento do serviço. Foto: Divulgação/PMGV

 

Por causa da pandemia do novo coronavírus, as aulas presenciais na rede municipal de ensino estão suspensas desde o dia 18 de março em Governador Valadares. Nas escolas estaduais as atividades também estão paradas.

Ainda assim, o prefeito de Governador Valadares, André Luiz Merlo (PSDB), assinou um aditivo ao contrato 009/2016 com a empresa que realiza o transporte escolar rural, para que o serviço seja prestado no período de 25 de junho a 24 de agosto, ao custo de R$ 342.008,15.

contrato com empresa de transporte foi aditivado em mais de 300 mil reais

A prorrogação dos serviços da empresa Coopertur (Coperativa de Transporte Urbano e Rural), com sede em Teófilo Otoni, foi autorizada pelo prefeito no dia 24 de junho – quando a cidade contabilizava 40 mortes e 816 casos confirmados de Covid-19.

De acordo com o documento, o transporte escolar deverá atender – de junho a agosto – os alunos que moram no meio rural e que se encontram matriculados na educação infantil, ensino fundamental e educação especial, bem como no ensino médio, em escolas municipais e estaduais.

As aulas, porém, estão suspensas e não há previsão de retorno, tanto no município quanto no estado.

O Olhar questionou a prefeitura de Valadares sobre a necessidade do aditivo e da prorrogação do serviço de transporte escolar durante a suspensão das aulas, já que a medida pode trazer prejuízo aos cofres públicos, mas até a publicação desta matéria não houve retorno.

Para ver a íntegra do 9º Termo Aditivo ao Contrato nº 009/2016, clique aqui.

Aditivos

Desde que o contrato entre o município e a Coopertur foi firmado, em fevereiro de 2016, ele foi aditivado nove vezes, sendo oito delas na atual gestão. O penúltimo aditamento, de R$ 1.026.024,46, foi feito em dezembro de 2019 e teve prazo de vigência até 24 de junho de 2020, conforme consta no 8º Termo Aditivo ao contrato 009/2016.

As aulas em Valadares foram suspensas em março, mas o contrato vigorou normalmente até junho, três meses após a paralisação das atividades escolares, e foi imediatamente prorrogado para mais dois meses (junho a agosto), mesmo sem alunos para transportar.

Até o momento, são quase 6 meses de serviços contratados e não executados, somando prejuízos financeiros ao contribuinte de quase R$ 900 mil.

Um gasto de dinheiro público que poderia ter sido evitado, já que a cláusula nona do contrato 009/2016 assegura ao município rescindir o acordo em pelo menos duas situações: “Razões de relevante interesse e amplo conhecimento público”;  “Ocorrência de caso fortuito ou força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução deste Contrato”.

 

4 COMENTÁRIOS

  1. Não mexo com política, nunca mexi e não tenho interesse algum. Só quero uma Valadares mais justa, onde os interesses do povo possa falar mais alto e não interesses políticos como essa permuta vergonhosa que fizeram com uma empresa particular, entre outros que não preciso expor aqui.

  2. Para elogiar essa vergonha, certamente faz parte dessa corja.
    Mas o tempo esta acabando para vocês. Falta pouco….

  3. A reportagem NÃO DIZ A VERDADE! O pagamento está condicionado á prestação de serviços, não havendo aulas, não há serviços e consequentemente NÃO HÁ PAGAMENTOS, mas o Município precisa manter o vínculo contratual, caso as aulas retornem, assim existirá serviço de transporte disponível. Valadares tem a melhor gestão dos últimos tempos e a Secretaria de Educação e o Prefeito André estão dando um show!

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