O prefeito de Bom Jesus do Galho (MG), Willian Batista de Calais (PP), foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pela prática de vários crimes.
Outras pessoas também foram denunciadas por terem participado de esquemas para desviar verbas públicas, entre eles dois irmãos do prefeito. Três denúncias foram encaminhadas ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Uma delas narra que em 2017, o prefeito, juntamente com o contador da prefeitura, desviou verbas públicas em proveito de outros quatro denunciados, por meio de cheques emitidos da Prefeitura de Bom Jesus do Galho para ela própria.
O danos ao erário foi no valor de R$ 12 mil. Conforme apurado, o prefeito emitiu cheques sem qualquer prestação de serviço que justificasse os pagamentos realizados a essas pessoas, inclusive dois de seus próprios irmãos.
Para dar o aspecto de legalidade a essas transações ilícitas com os cheques, o contador da prefeitura registrava esses valores, falsamente, como pagamentos de INSS, como por ele próprio confessado.
Em outra denúncia, o MPMG apurou que o prefeito se apropriou de taxas cobradas de barraqueiros durante a Festa do Jubileu, na cidade. Para montar uma barraca na festa, o cidadão pagava uma taxa proporcional à área usada.
Os valores eram recolhidos em espécie pelos fiscais da prefeitura, que os repassavam diretamente ao prefeito. Estima-se que o esquema tenha rendido cerca de R$ 20 mil.
Após receber denúncia de um vereador, o MPMG iniciou as investigações. Questionado, além de informar valores diferentes do que havia sido informado à Câmara Municipal pelo seu chefe de Gabinete, não conseguiu comprovar que o dinheiro havia sido depositado na conta da prefeitura.
A outra denúncia narra que, entre maio e agosto de 2017, o prefeito, com a colaboração de outros dois denunciados, inseriu em documentos públicos informações falsas.
O esquema beneficiou outras três pessoas, incluindo o presidente da Câmara Municipal na época, gerando um rombo de, no mínimo, R$ 5.319,58, com declarações de quitação de impostos municipais.
Conforme apurado, o esquema consistia em inserir nas guias de tributos municipais emitidas aos contribuintes afirmação falsa, no sentido de que os valores devidos teriam sido pagos, quando, na verdade, não entravam nos cofres públicos, pois o correto seriam quitá-los no banco credenciado para recolhimento.
Com informações da Assessoria de Imprensa |MPMG.