Uma paciente que procurou o atendimento do Hospital da Unimed em Governador Valadares teve que esperar quase 24 horas para receber os cuidados de um médico especialista.
No último domingo (6), a comerciária Michele Carla Costa Souza, 46, foi levada às pressas para o pronto atendimento da Unimed, onde tem plano de saúde, depois de engasgar com um pedaço de carne.
A irmã dela, Gláucia Souza, conta que Michele chegou no pronto atendimento às 10h30. Lá, ela foi atendida por um médico, “mas ele não conseguiu resolver e disse que precisava do especialista. Só que não tinha nenhum”, reclama.
Michele foi medicada, segundo a imã, “e mais tarde colocaram uma sonda para empurrar o alimento, mas não deu certo, aí o médico só disse que teria que ser um especialista e mandou internar”.
A comerciária foi internada às 18 h e virou a noite no hospital sem receber nenhum outro atendimento médico. “Ela conseguia respirar normalmente, mas não conseguia beber nenhum líquido”, explica Gláucia.
De acordo com ela, somente na manhã da segunda-feira (7) apareceu um médico especialista para resolver a situação.
“Ele falou para minha irmã que veio do Rio [Rio de Janeiro] para atender. Só não entendemos onde estavam os outros médicos aqui do plano”, questiona.
Questionada sobre a reclamação, a Unimed confirmou que a paciente deu entrada na unidade hospitalar no domingo, dia 6, com quadro de engasgo.
Afirmou ainda que foram prestados os atendimentos e procedimentos necessários da equipe plantonista, sendo indicada a internação.
“Após a realização do procedimento necessário e melhora do quadro clínico, a paciente recebeu alta no dia 7/10/2019. Em respeito ao sigilo médico e privacidade do paciente, não repassamos as demais informações”, conclui a Unimed.
“As demais informações” a que se refere a nota da Unimed, solicitadas pelo O Olhar, tratavam sobre a escala de plantão médico da empresa privada e os motivos da ausência de profissionais especialistas, bem como a demora no atendimento.
