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PF INDICIA SUSPEITOS DE ENVOLVIMENTO NO “LARANJAL DO PSL”

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Haissander, de Aimorés, seria responsável por cobrar dinheiro das candidatas. Foto: Divulgação

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), foi indiciado pela Polícia Federal com outras 10 pessoas por crime eleitoral de omissão na prestação de contas de campanha e também por associação criminosa. Em junho, dois dos indiciados foram presos pela PF em Valadares.

O partido vinha sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Eleitoral desde fevereiro, por desvios de recursos do fundo eleitoral.

A suspeita é que o PSL usava candidatas laranjas, destinando a verba para a campanha, pegando de volta uma grande parte, usando empresas de envolvidos ou parentes dos envolvidos na prestação de contas.

O Tribunal Superior Eleitoral determina que pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral devem ser destinados a candidaturas femininas.

O ministro Marcelo Álvaro foi citado em depoimentos sobre o uso de candidaturas femininas na eleição de 2018. Na época, ele era o presidente do PSL em Minas Gerais.

Em junho, dois dos indiciados foram presos e levados para a delegacia da Polícia Federal de Governador Valadares. Haissander de Paula, ex-assessor do ministro quando ele ainda era deputado federal, morador de Aimorés (MG), e Roberto Silva Soares, o “Robertinho”, assessor de Marcelo Álvaro, ficaram presos por alguns dias.

Preso no Vale do Aço, Robertinho foi um dos coordenadores da campanha do ministro à câmara e seria o responsável por negociar as devoluções dos recursos ao partido.

O irmão dele, Reginaldo Donizete Soares, sócio de duas empresas que prestaram serviços eleitorais às candidatas investigadas, também está entre os indiciados.

Haissander, que em junho se apresentou à PF de Valadares, é ex-assessor do gabinete do então deputado Marcelo Álvaro, e, segundo a polícia, tinha a função de cobrar das candidatas a devolução do recurso que era destinado às empresas de Reginaldo.

Os outros indiciados são Camila Fernandes, Débora Gomes, Lilian Bernardino e Naftali Tamar (suspeitas de serem candidatas-laranja); Irineu Inácio da Silva (deputado estadual em MG); Marcelo Raid Soares (dono de duas gráficas em Belo Horizonte); e Mateus Von Rondon (assessor especial do ministro, também preso na operação de junho).

O inquérito da Polícia Federal foi entregue ao Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais, que vai decidir se apresenta ou não a denúncia à Justiça.

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