PREFEITO DE VALADARES DECRETA NOVO PONTO FACULTATIVO POR FALTA DE REPASSES; VEREADORA PEDE ANULAÇÃO DO ATO

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Dividômetro
Dívida do Estado com Valadares pode ser acompanhada pelo Dividômetro (Foto: Divulgação)

Uma ação popular de autoria da vereadora Rosemary Mafra (PC do B) foi protocolada no Judiciário, na tarde desta quarta-feira (8), pedindo a anulação do Decreto nº 10.781/2018, que suspende as atividades públicas do município de Governado Valadares nesta sexta-feira (10).

O decreto foi editado na terça-feira (7), pelo prefeito André Luiz Merlo (PSDB), e será a segunda sexta-feira consecutiva que o acesso aos serviços públicos como postos de saúde, escolas municipais, Iprem e outras repartições estará suspenso.

“Não se pode utilizar a máquina pública para atos de protesto político, como é esse caso, primeiro por causa da inexistência de motivo e depois devido ao desvio de finalidade. O que temos aqui é apenas uma tentativa do prefeito em se promover politicamente”, garantiu a vereadora.

A decisão de fechar as portas do município foi tomada no dia 27 de julho, durante o Fórum Emergencial de Saúde e Educação realizado em Governador Valadares, com a presença de aproximadamente 40 prefeitos da região leste. Alguns deles também estão interrompendo as atividades em seus respectivos municípios.

Rosemary explica que o prefeito informou, durante o fórum, que o Governo Federal – responsável pelo repasse da maior parte dos recursos da saúde e educação no município – está em dia com a prefeitura de Valadares. “Também afirmou que a interrupção dos serviços é uma medida preventiva, ou seja, uma ação política visando pressionar o estado a repassar verbas devidas”, lembrou.

“Não há necessidade real de suspensão das atividades municipais. O prefeito André está sacrificando o funcionamento dos serviços públicos para ser solidário com os demais gestores e não em decorrência da impossibilidade de seu funcionamento. O que ele visa é se promover junto às lideranças regionais”, frisou.

Para a vereadora, a falta de envio de recursos pelo governo estadual é prejudicial para a cidade, mas fechar as portas da prefeitura não acarretará nenhuma economia, segundo ela disse. “Ao contrário, a suspensão do atendimento pode acarretar perda de receitas, já que o município deixa de cumprir sua função arrecadadora, sem falar no prejuízo de arcar com o pagamento de salários dos servidores, sem a contrapartida da prestação do serviço”, constatou.

O Olhar perguntou ao prefeito André Merlo qual a economia o município estaria gerando com as paralisações nas sextas-feiras, mas não houve retorno. Ele também não informou se as aulas na rede municipal serão repostas pela Secretaria de Educação.

vereadora rosemary mafra
Vereadora Rosemary Mafra diz que prefeito busca prestígio político (Foto: Divulgação)

Dívida

A prefeitura de Valadares informou que o débito do Estado com o município já ultrapassa a casa dos R$ 100 milhões de recursos não repassados do IPVA e ICMS para Educação, Transporte Escolar, Piso Mineiro da Assistência Social, ProHosp e recursos do ICMS para a saúde.

Os valores da dívida podem ser acompanhados pela população por meio do Dividômetro localizado no cruzamento da Avenida Minas Gerais com rua Israel Pinheiro, no centro da cidade.

 

 

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