O mês de agosto é destinado ao Patrimônio Histórico e Cultural em todo o país, mas em Governador Valadares não há muito a comemorar.
Uma das principais referências da cidade, tombada como patrimônio valadarense em 2001, a Companhia Açucareira Rio Doce (Cardo), ou Açucareira, como é chamada, está abandonada, com obras de reforma paralisadas desde 2012.
Transformar a antiga usina de açúcar, que fica no bairro Santos Dumont, em usina de cultura foi uma das promessas do então candidato a prefeito André Luiz Merlo (PSDB), em 2016.
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Passados quase 32 meses do atual governo, o compromisso de concluir a reforma da Açucareira ainda não passou de mais uma promessa.
“Eu tive conversando com a construtora que está reformando a Açucareira, então a gente também vai correr atrás para estar realizando, finalizando. São três etapas, realizando a primeira etapa da reforma da açucareira, já seria um centro de convenções para 400 pessoas que nós não temos em Valadares”, prometeu o prefeito em um evento de “pergunta e resposta” que reuniu diversos jovens na Praça dos Pioneiros para uma gravação do programa de campanha com propostas para a área de cultura, esporte e lazer.
Etapas
A Açucareira foi tombada como patrimônio histórico de Valadares no dia 2 de abril de 2001. Mas somente uma década depois, em junho de 2011, foi assinada a ordem de serviço para o início das obras de restauração e reforma do prédio.
De acordo com o projeto, as obras seriam realizadas em três etapas, cada uma referente a um espaço: de turismo, de geração de renda e o centro de convenções e evento.
A primeira etapa foi orçada em cerca de R$ 3 milhões e seria executada numa parceria entre a prefeitura e o Ministério do Turismo.
Seriam construídos um auditório e uma galeria de exposições, além da área administrativa. A segunda parte seria destinada à área cultural, com sala de cinema e espaço para produções e qualificações culturais.
A terceira e última etapa previa a construção de um restaurante e um segundo auditório. Os recursos disponibilizados à época cobririam os custos da metade das obras.
Os serviços começaram a ser executados em 2012, porém, não avançaram muito. Em 2016, o candidato André Merlo garantiu concluir a reforma, porém, até o momento, não há nenhum indício de que isso ocorra, pelo menos ainda este ano.