Cerca de 250 produtores rurais recebem auxílio para proteger 375 nascentes em Minas Gerais e 158 no Espírito Santo. A escolha das regiões foi feita pelos Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH) Suaçuí, Pontões e Lagoas do rio Doce e Piranga, que definiram as cidades de Governador Valadares, Piranga, Suaçuí e Galileia, em Minas Gerais, e Marilândia, Pancas e Colatina, no Espírito Santo, como foco desta segunda etapa da Frente de Recuperação de Nascentes e APPs.
Na primeira etapa do programa, a Fundação Renova e o Instituto Terra concluíram o plantio de 117 mil mudas de espécies da Mata Atlântica nas primeiras 511 nascentes de afluentes do rio Doce protegidas. A parceria teve início em novembro de 2016 com o objetivo de promover a revitalização do rio Doce a partir da ampliação do Programa Olhos D’Água.
As nascentes estão localizadas nas bacias do Suaçuí Grande (municípios de Jampruca, Campanário, Itambacuri e Frei Inocêncio – em Minas Gerais; e de Santa Maria do Doce, em Colatina, no Espírito Santo); e na bacia do rio Pancas (municípios de Pancas, Governador Lindenberg, Marilândia e Colatina, todos no Espírito Santo).
De acordo com José Almir Jacomelli, líder de Operações Agroflorestais na Fundação Renova, a maior parte das ações foi feita dentro de propriedades rurais, uma vez que as nascentes estão localizadas nestas áreas. Ao todo, 215 proprietários aderiram à proposta. Antes de promover o trabalho de plantio, os técnicos avaliaram as necessidades de intervenção.
Francisco Leal, produtor rural de Itambacuri (MG), disse que aprendeu muito com as ações de reflorestamento. “Abraçamos a causa a partir de reuniões e dias em campo. Na propriedade onde atuo, cercamos três nascentes. O plantio chegou a mil mudas, sendo que 99% já estão em desenvolvimento”, afirma.
O plantio das mudas nativas das ações de reparação e de compensação a está previsto no Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), um acordo assinado em 2016 entre Samarco Mineração e o Governo Federal. A meta é recuperar 5 mil nascentes da bacia do rio Doce em 10 anos.
Com informações da Fundação Renova.