O número de pessoas que morreram de covid-19 desde o registro do primeiro caso da doença em Governador Valadares chegou a 514 com o novo boletim divulgado nesta terça-feira (2) pela Secretaria Municipal de Saúde.
Hoje, mais 6 óbitos foram acrescidos às estatísticas e há 52 mortes em investigação. O total de infectados subiu para 14.570. De ontem para hoje, houve 52 novos diagnósticos positivos de covid-19.
Segundo o boletim, 64 pessoas estão sendo acompanhadas por profissionais de saúde nos hospitais públicos e privados da cidade. Destes, 30 estão em UTI-covid, e outras 34 em enfermarias. Outras 197 pessoas encontram-se em isolamento social. O número de recuperados é de 13.795.
Não há vagas nos hospitais particulares e na rede SUS (Hospital Municipal e Hospital Bom Samaritano) a ocupação é de 71%.
Valadares segue liderando entre as cidades mineiras onde mais pessoas foram a óbitos desde o início da pandemia.
Volta às aulas
Mesmo com o crescente número de infectados e mortes em Governador Valadares, o governo André Merlo (PSDB) decretou, na tarde de hoje (2), a volta às aulas no formato presencial nas escolas das redes privadas e públicas. Autorizou também a retomada do serviço de transporte escolar.
A medida foi bem vista por alguns vereadores governistas, como o médico Maurício Dutra (MDB), que defendeu o retorno alegando que as escolas privadas estavam com dificuldades em efetivar as matrículas, o que resultaria em problemas financeiros para essas instituições.
Ele também ressaltou que a volta às aulas beneficia crianças da periferia, cujos pais, muitas vezes, não têm com quem deixar os filhos na hora de ir trabalhar e citou ainda como vantagem a alimentação escolar.
Já a vereadora Gilsa Santos (PT) questionou se há de fato benefícios no retorno das aulas presenciais. Ela sugeriu que o Executivo apresente um protocolo de segurança sanitária e defendeu que os profissionais da educação sejam ouvidos sobre a medida.
Ponderou que é preciso garantir segurança para crianças e educadores ao lembrar que “o município tem salas de aulas pouco maiores que um gabinete de vereador, onde só é permitido (durante a pandemia) quatro pessoas no espaço”.
A parlamentar também quis saber como o governo vai assegurar que o transporte escolar privado, “que mal tem cinto de segurança”, cumpra as exigências sanitárias para evitar risco às crianças.
“É fácil bater palmas sem discutir com seriedade algo que é pânico mundial”, criticou.