No passado, a exploração de matas e de terras sustentou o seu “progresso”. Hoje, “o desenvolvimento de Governador Valadares tem como ‘matéria-prima’ a venda de si mesma [sic]”, constatou um integrante de um grupo de WhatsApp, após relatar, via áudio, um suposto “empresariamento” da política urbana da cidade.
Um trecho do seu desabafo: “[…] o setor imobiliário ergue sobre o solo a torre de concreto que bem entende. As unidades modernas do comércio fazem a gestão das calçadas, derrubando ou podando excessivamente as árvores, aumentando a temperatura nesta cidade quente. Praças e outros espaços de humanização são interditados em benefício de projetos cujas finalidades são estranhas aos interesses dos habitantes. Até a autarquia considerada ‘a mais importante’ foi à leilão, na bolsa de valores”.
“Veja pelo lado bom. Agora, Valadares tem um ótimo ambiente, para os negócios”, escrevi, com bom humor, tentando suavizar a constatação dele, que encerrou a rápida conversa advertindo: “A cidade não é mais apenas ‘o lugar dos negócios’; a própria cidade se tornou um grande negócio”.