Desenvolver o Vale do Rio Doce

0
141
Desenvolver o Vale do Rio Doce
Seminário foi realizado no último dia 20 de outubro. Foto: O Olhar

No último dia 20 de outubro, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, a Sudene, o Banco do Nordeste, a Caixa Econômica Federal e vários órgãos federais, a convite do mandato do deputado federal Leonardo Monteiro, em parceria com a Assoleste (Associação dos Municípios do Leste de Minas), realizaram a primeira etapa do seminário Desenvolver o Vale do Rio Doce.

Estiveram presentes várias lideranças políticas, como o ministro da Integração e  Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o deputado federal Hercílio Diniz, a chefe de Gabinete do Ministro do Trabalho e Emprego, Lene Teixeira, representação da Universidade Federal de Juiz de Fora-Campus GV, Instituto Federal de Minas Gerais-Campus Valadares, dentre outros órgãos federais, estaduais, prefeitos, vereadores e lideranças locais e  regionais.

Na pauta, um projeto de desenvolvimento regional sustentável para o Leste de Minas.  Governador Valadares, maior município dessa região, integra a porção mineira da Sudene, com as características do semiárido nordestino, a partir dos dispositivos da Lei Complementar 185 de 2021. O município, pela importância geopolítica, está diante de um novo estágio de possibilidades e novos arranjos que se apresentam para a redução das desigualdades regionais.

O esboço inicial para as possibilidades concretas de desenvolvimento sustentável se organiza em pelo menos quatro dimensões: a Política, a Econômica, a Ambiental e a Cultural. Pensar essas frentes na ótica da ação possível, nos instiga para uma solução de compromisso e ao mesmo tempo um desafio para o desenvolvimento regional em novas bases junto à educação, à ciência e à inovação.

O seminário é uma ação direta de plano de trabalho em várias frentes, oportunidades reais para o desenho de um novo cenário. Lá, vimos que é necessário articular a nossa rede sistêmica de atores para induzir a política de desenvolvimento regional, em novas bases, e de acordo com o novo PNDR (Plano Nacional de Desenvolvimento Regional); construir as parcerias entre a Universidades Federais do Jequitinhonha e Mucuri, Universidade Federal de Juiz de Fora, Campus GV, Instituto Federal, Campus GV, a Univale, através do GIT, que estuda o território e as dinâmicas sociais, econômicas, ambientais e culturais, acionar os instrumentos de planejamento e de financiamento público da Sudene, aliando a ação estratégica do Banco do Nordeste com o seu portfólio de créditos de médio e longo prazos a novas empresas e às já existentes; na outra ponta, o CrediAmigo e AgroAmigo cuidam da capilaridade necessária da demanda do microcrédito.

O ministro Waldez reafirmou a determinação do presidente Lula no trabalho conjunto, articulado entre os Ministérios para o alcance dos objetivos maiores do desenvolvimento regional e para melhoria da qualidade de vida das pessoas. A secretária Nacional, Adriana Melo e Silva, assinalou o reposicionamento da Política Regional e dos seus instrumentos e argumentou que o objetivo é reforçar as nossas redes, materializar a força da política de desenvolvimento regional via o novo Plano Nacional de Desenvolvimento Regional, que deve ser replicado em sua dimensão regional.

Assim, os esforços para construir os arranjos de cooperação, alinhar os níveis federativos, estruturar os mecanismos existentes, estar abertos a novas propostas, apontam na direção da melhoria da governança pública entre os entes federativos e, desafio maior, trabalhar de maneira conjunta, ouvindo os gestores municipais e lideranças regionais na articulação com a sociedade e as forças produtivas.

A existência de ambiente de cooperação institucional, tecnológica científica e educacional na parceria entre os entes federais como o MIDR, a Sudene, UFJF-GV, IFMG-GV, universidades particulares, entidades do setor produtivo e o Banco do Nordeste, as prefeituras municipais, os movimentos sociais e sociedade civil é um ativo importante e estratégico para a mudança de realidade.

Projetos Estruturantes para Valadares e o Vale do Rio Doce

Para se ter a dimensão do que está sendo reconstruído, esse novo cenário vem lastreado pela retomada dos projetos estruturantes como as obras do PAC, do nosso novo aeroporto, da duplicação da BR-381, em seu trecho Ipatinga a GV, da nova ponte sobre a BR-116 e da retomada das obras do Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora-Campus GV. A presença da Sudene e seus instrumentos de planejamento de desenvolvimento, a atuação do Banco do Nordeste em Valadares, além das outras quatro agências em Aimorés, Mantena, Guanhães e Inhapim, trazem parte do aporte necessário em investimentos.

Por isso, construir as condições para o Leste de Minas, no Vale do Rio Doce, recuperar-se dos estigmas do passado e se tornar um lugar de excelência na recuperação do bioma da mata atlântica, é uma oportunidade de reafirmar uma cultura social que dá conta de reverter tendências e que trabalha no resgate da sua história, buscando a inserção das melhores práticas de proteção, conservação e recuperação ambiental, adaptação para o momento de transição energética, gerando trabalho e renda, agrupando os atores que vão desempenhar cada qual o seu papel na indução do desenvolvimento sustentável com ciência e tecnologia, pesquisas, cultura e conhecimento, melhorando a vida do seu povo e cuidando da juventude.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

cinco × 1 =