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Edson Azevedo, a Voz !

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Edson Azevedo, a Voz !
O radialista valadarense faleceu nesta segunda-feira, 21. Imagem: Reprodução/Internet

Nosso último adeus ao notável companheiro do rádio valadarense, Edson Azevedo, o Edinho: voz tonitruante, um canudo de voz, voz abaritonada, de baixo cantante, graves incorporados, potência vocal que se tornou ícone nas emissoras de rádio de Valadares, nas famosas Kombis volantes da Humpopeye, irradiando um eco poderoso em todo o Vale do Rio Doce. Locutor disciplinado, o espetáculo de sua voz se revelava mais no estúdio do que nos palcos ou nas ribaltas.

Edinho era discreto e até mesmo um pouco tímido. Humildade em pessoa. Poucos não o definiriam apenas pela força catalisadora de sua voz.

Voz marcante na propaganda volante das campanhas políticas memoráveis dos anos 70, 80 e 90.

A história do rádio de Governador Valadares não pode ser compreendida desde os anos 70 até aqui sem venerarmos personalidades e vozes marcantes como Humberto de Campos (Diacolor Jornal, o craque dos craques), Edson Gualberto, Alírio Dutra, Edinho, Wilson Danilo, Maninho, Odilon Lagares, Jota Braz, Zé de Nó, Ailton Dias, Ademir Cunha, Clério Júnior, Ary Menezes, para ficar apenas com os mais veteranos com os quais convivi e que seguiram as pegadas dos seminais Osman Monteiro, Casca Grossa, João Dornelas, esses desbravadores de ondas de amplitude modulada do rádio de Governador Valadares, tempos do AM, do mundo analógico, das maletas de transmissão.

Esse fascínio do rádio popular. Essa paixão nacional, que nem a inteligência artificial, o Wi-Fi, o Bluetooth, as mídias digitais puderam derrotar. O rádio continua vivo e forte pela instantaneidade de sua sintonia, que não depende de ter sinal de internet ou de estar ligado.

Basta o clique no botão e o mundo mágico do rádio o leva a viver todos os lances da aventura humana na Terra, da notícia ao futebol, do humor ao problema cotidiano de sua rua e de seu bairro.

Mas forçoso retornar àquele cuja voz se calou para sempre nesse dia 20 de janeiro: Edson Azevedo, o Edinho.

Só esperamos que muitos de seus fonogramas permaneçam intocáveis por muitos anos e ainda irradiem seu timbre inigualável em inúmeras vinhetas, spots, comerciais.

O ideal mesmo seria deixar seu legado radiofônico gravado em sondas espaciais na dimensão do espaço sideral.

Edson Azevedo, Edinho, simplesmente a Voz!

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