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Escola avaliada por sindicatos não reúne condições para volta às aulas

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sindicatos dizem que escola vila isa não em condições de voltar às aulas presenciais
Escola Estadual Vila Isa foi a primeira a ser avaliada. Foto: Walter Andrade

 

O primeiro dia de verificação das condições sanitárias das escolas de Governador Valadares para o retorno das aulas presenciais ou híbridas foi considerado negativo.

A avaliação é do Comitê de Fiscalização organizado por entidades sindicais ligadas aos profissionais da educação, que visitou, nesta segunda-feira (1º), a Escola Estadual Vila Isa. Para os membros do comitê, faltam infra-estutura e um plano de ação para garantir as condições sanitárias adequadas para alunos e equipe técnica.

De acordo com os sindicalistas, os banheiros são insuficientes, a escola não tem refeitório e a sala que abriga professores regentes e auxiliares, num total de 14, é “minúscula e sem janela”.

Para o comitê, embora o imóvel que abriga a escola tenha recebido ajuda do proprietário para uma pequena reforma, ainda não oferece condições para receber professores e alunos conforme os protocolos de enfrentamento da Covid-19.

A fiscalização, programada pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sinsem-GV), Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Nordeste Mineiro (Saaene/MG) e Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe IFMG), vai percorrer escolas estaduais e municipais.

A finalidade é averiguar se estão sendo cumpridos os protocolos sanitários e se os estabelecimentos de ensino apresentaram o plano de ação para o retorno das aulas presenciais ou híbridas, conforme previsto em decreto municipal.

A Escola Estadual Vila Isa, que oferta educação para os anos iniciais (1º ao 5º ano), foi a primeira a ser vistoriada. Localizada no bairro Vila Isa, a escola funciona há 52 anos em um prédio cedido pela Loja Maçônica Mestres do Vale. Tem sete salas de aulas e um total de 350 alunos nos turnos matutino e vespertino.

Para o comitê, o ideal é a vacinação em massa de alunos, servidores e professores. O professor Rafael Toledo, diretor estadual do Sind-UTE/MG, explica que o governo mineiro quer um “retorno híbrido” das aulas. Ou seja, os pais que desejarem poderão enviar seus filhos para as escolas.

Na opinião dele, isso significa colocar vidas em risco, “uma vez que não adianta o governo fazer protocolos que não vão ser cumpridos”. Ele acrescenta que não há garantias de que o governo consiga fazer as adaptações nos prédios antes da volta às aulas. “Somente a vacinação em massa vai garantir mais tranquilidade nesse retorno das aulas presenciais”, disse.

Outro problema apontado pelo sindicalista é o avanço da doença em Governador Valadares. Toledo cita o último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, em que 100% dos leitos de UTI Covid-19 nos hospitais particulares estão ocupados, enquanto na rede pública o percentual é de 72%.

 

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