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Esse Almir é f…!!!

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esse almir é f...!
Imagem: Divulgação/Internet

Ultimamente tenho tido uma inquietude para escrever. Talvez o motivo seja meu filho mais novo, que não é o Benjamim, tenha acabado de nascer. Sim, sou o pai do O Jardineiro, confeccionado com a mais pura saudade: a de meu pai. Uma lágrima. Uma palavra.

Hoje queria falar um pouco sobre escolhas, a vida e a felicidade. São temas um tanto quanto delicados e não sou o mais experiente e sábio para dizer. Talvez essa confissão dê algo de legítimo ao que lhe irei contar. Adeque-se por aí.

Somos tentados e testados desde criança a fazer escolhas. O dever de casa ou a brincadeira lá fora. Arroz e feijão no prato ou doces pelo dia. Ver um pouco mais de TV ou dormir. Beijar ou ir embora. Faculdade ou emprego. Ou nenhum dos dois, por agora nesses tempos obscuros.

A escolha define uma vida, mas não esgota as escolhas. A vida é uma jornada, cujo destino é um detalhe, não o mais importante. É no percurso que saboreamos as escolhas e não nos tornamos escravos dela. Eu escolho viver e caminhar por aí. Hoje ando devagar, porque já tive pressa. Tantos caminhares me fizeram assim. Mais caí que levantei.

Sou Professor de alunos que, de forma angustiante, querem definir a vida pela carreira. A carreira não é a vida, mas apenas mais uma escolha durante o percurso.  Este terá mil e outras oportunidades que jamais imaginaria. Você entra na carreira, estuda antes, planeja metodicamente, de forma cartesiana, todos os planos. Mas como fugir a um sorriso, uma conversa sem pretensão, que lança uma semente da qual nunca imaginou ser? Na matriz curricular, leis e anatomia. Na matriz da vida, encontros e desencontros. Um dia a gente chega e noutro vai embora.

E por que tudo isso? Qual o segredo da vida? Ora, se eu soubesse estaria aí e não aqui, atrás das palavras. Mas um dos mistérios que resolvi, no longo quebra cabeça da existência, é: seja feliz! Sim, é possível.

E a felicidade é a coisa mais besta que pode existir. Sim, Drummond é um gênio, além de poeta. Mineiro sabe como é, são os melhores, especialmente os atleticanos. A felicidade é rir com os amigos, abraçar quem ama, ter coragem para dizer, inesperadamente a uma pessoa, que você gosta dela. Felicidade não é adquirir a casa própria, aprovar em um concurso ou bacharelar nas cátedras das escolas. Vestir a melhor roupa, o melhor penteado, o mais bonito calçado, número que não sei. Não há agenda que consiga preencher isso. Ser feliz é uma escolha. É a mais difícil. Porém, é a escolha, pedra fundamental, que suporta os alicerces do sofrimento, das feridas que se abrem no processo. É o que faz o suor no rosto não ser tão acre como parece ser. Aquilo que ao final da jornada soa como libertador: valeu a pena. E valeu, como valeu.

Tornar-se livre é ser capaz de escolher de novo e de novo. A vida, se é possível conceituá-la, não se exaure por uma decisão ou outra. A cada dia é uma nova oportunidade de ser feliz. Teimosamente, feliz. Deus escolheu sete dias para o mundo. Uma gestação para ser. Um ser para ser feliz. Os sinais foram dados. A vida chorou e nasceu. O que mais pode ser esperado?!

Escolher, viver e ser feliz. Era só isso que o Pai queria. Quer! Então, seja!

Hoje levo esse sorriso, porque já chorei demais…

Ah, esse Almir é f….!!!

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