Uma família do bairro Jardim Atalaia, em Governador Valadares, precisou ameaçar o diretor do Departamento de Serviços Funerários da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos para receber a documentação que comprova a compra de uma sepultura.
O comerciante Moisés de Oliveira conta que em dezembro do ano passado sua esposa, Dirleide Gomes de Oliveira, foi até a Funerária Municipal, no Centro da cidade, providenciar a compra de uma sepultura no Cemitério Santa Rita.
Como era uma situação de emergência, ela foi atendida pelo diretor Wantuil Rodrigues da Silva, que após orientar sobre o procedimento, informou que o valor da sepultura era R$ 2.477,00. Dirleide decidiu pagar à vista, obteve um desconto e o preço caiu para R$ 2.229,00.
No entanto, ao invés de encaminhar a cliente para o balcão de atendimento, onde ela receberia um boleto para pagamento da sepultura, o próprio diretor recebeu o valor em espécie, conforme afirmou Moisés.
A parente de Dirleide foi enterrada no cemitério no dia 27 de dezembro. A partir daí a família iniciou uma maratona de idas e vindas à Funerária Municipal, na tentativa de receber o documento e o recibo referente ao pagamento da sepultura.
Na primeira vez que esteve na funerária à procura da documentação, as funcionárias não localizaram a venda no sistema interno. A conversa foi gravada e você pode conferir no áudio abaixo:
A família alega ainda que procurou o diretor dezenas de vezes e a justificativa era sempre que a papelada estava sendo providenciada.
Já incomodado com a situação, o comerciante Moisés procurou Wantuil e ameaçou acionar a justiça caso os documentos não fossem entregues o mais rápido possível.
No último dia 13, o diretor esteve na mercearia da família, no Atalaia, onde pegou a assinatura de Dirleide Gomes e entregou o documento que comprova a propriedade da sepultura. A data de emissão da nota fiscal é do dia 10 de março.
O Olhar procurou a Prefeitura de Valares para esclarecer sobre o procedimento de cobrança adotado pela Departamento de Funerária de Valadares, mas não houve nenhum retorno até a publicação desta matéria.