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Natal na Margem: A Narrativa Esquecida

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Imagem: Reprodução/Internet

O Natal, período de celebração da paz e alegria, toma uma dimensão mais profunda quando revisitamos a história real de José e Maria. A tensão política da época e a fuga para o Egito por parte de José e Maria ganham outras nuances. O cenário do nascimento de Jesus foi permeado por tensões políticas e sociais. José e Maria, em meio a este contexto, tornaram-se fugitivos, e são obrigados a se exilarem no Egito para proteger a vida de seu filho.

A história é bem conhecida. Homens orientais descritos como magos visitaram o bebê Jesus em uma casa em Belém. Herodes havia dado instruções claras para eles voltarem a Jerusalém para revelar onde Jesus estava. Mas Deus deu outras instruções, e os magos sabiamente escolheram obedecer ao Soberano Rei e não o rei da Judeia. Sem informações exatas sobre a localização do bebê Jesus, e tendo uma noção da sua idade, Herodes mandou matar todos os meninos da região de dois anos para baixo.

Mas, ele não conseguiu matar Jesus, pois José foi obediente ao anjo que Deus mandou falar com ele. Levou Maria e Jesus para o Egito, onde permaneceram até a morte de Herodes, o Grande, no ano 4 a.C. Depois disso, a família voltou para Israel e foi morar em Nazaré, onde Jesus foi criado por José e Maria.

Em uma análise à luz de pensadores tradicionais como Santo Agostinho e Tomás de Aquino, mergulhamos no contexto histórico do nascimento de Jesus.

São reflexões sobre a virtude da paciência diante da adversidade, a história de José e Maria como fugitivos torna-se um exemplo notável. Sua fuga não é apenas uma escapada física e a experiência de Maria como mãe solteira ganha uma nova luz. Sua determinação em enfrentar o estigma social, alinhada com a virtude da coragem, é um testemunho do poder do espírito humano. Pensadores como Søren Kierkegaard nos convidam a refletir sobre o silêncio na narrativa tradicional do Natal. O que não é dito sobre a fuga de José, Maria e a maternidade solitária ressoa nos vazios da história, incentivando-nos a explorar as entrelinhas.

Uma luta por direitos dos marginalizados. Martin Luther King Jr. ressalta a esperança como força transformadora. O Natal, então, não é apenas uma celebração, mas um convite para enfrentar as adversidades com dignidade e esperança. Um convite para contemplar a profundidade da experiência humana, onde as virtudes da paciência, coragem e esperança transcendem os séculos, ressoando em cada celebração natalina. Esteja você celebrando em meio à abundância ou enfrentando desafios, a história do Natal nos lembra da universalidade da experiência humana e da importância de acolher a todos, independentemente das circunstâncias.

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