Quatro pessoas foram ouvidas na manhã desta terça-feira (3), pela delegada Gabriela Queiroga, no caso sobre o suposto ataque homofóbico ocorrido no último dia 24, no bar República, no centro da cidade. As oitivas aconteceram na Delegacia do Juizado Especial em Governador Valadares.
Entre elas, as vítimas de lesão corporal Judson Gomes e Ângelo Andrade, os dois deficientes fonoauditivos. Também prestou depoimento um segurança do Hospital Municipal, que teria sido ameaçado pelos mesmos agressores.
A advogada das vítimas, Renata Apolinário de Castro Lima, explicou que as oitivas de Ângelo Coimbra e Judson Gomes confirmam a agressão provocada por três homens, Patrick Rosado, Paulo Lima e Rodrigo Rodrigues, na noite do dia 24.
Ela explicou que as investigações ainda apuram o ocorrido no bar República e, após essa fase, o inquérito será remetido ao Ministério Público. A advogada lembrou que ninguém pode ser agredido por questão de cor, raça, orientação sexual, religião ou qualquer outro motivo e ressaltou que vai entrar com pedido de indenização por danos morais e estéticos contra o trio de agressores.
O caso
Por volta das 22 horas do domingo (24), Patrick Rosa Costa chegou sozinho ao bar Republica, sem camisa, descalço e completamente transtornado, segundo boletim de ocorrência. Ele queria entrar para comprar cerveja, mas foi barrado pelos seguranças, já que estava sem camisa.
Minutos depois, ele retornou com os outros dois agressores, Paulo Lima e Rodrigo Rodrigues. Dentro do bar, os três começaram a ofender os frequentadores, gritando frases de ódio e empurrando e chutando as pessoas. Judson Gomes foi um dos primeiros agredidos. Ao tentar socorrer o colega, Ângelo Coimbra também foi espancado.
Um grande tumulto se formou no local e a polícia e o Samu foram chamados. Os três agressores, feridos, se dirigiram para o Hospital Municipal, onde também ameaçaram os servidores. A polícia chegou ao local e identificou os agressores, mas todos foram liberados.