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Operação Suíte apreende drogas, armas e eletrônicos em penitenciária de Valadares

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Foto: Divulgação/MPMG

O Ministério Público de Minas Gerais, através do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado – Gaeco Regional Governador Valadares – e da 6ª Promotoria Criminal local, deflagrou, na manhã desta sexta-feira (23), a segunda fase da Operação Suíte, com o objetivo de investigar o ingresso de aparelhos celulares e outros objetos proibidos em estabelecimento prisional, crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de drogas, praticados por organização criminosa.

A investigação visa apurar a existência de organização criminosa que facilita, mediante pagamento, o ingresso de aparelhos celulares, drogas e itens proibidos em estabelecimento prisional e o consequente uso e comércio destes itens pelos custodiados.

Como era o esquema

Assim que chegavam à unidade prisional, os presos/condenados eram alocados provisoriamente em uma cela conhecida por ‘Suíte’, onde eram informados sobre como funcionava o ‘esquema’ para ter acesso a aparelhos celulares, celas com sinal de celular, objetos proibidos na unidade e outros.

A facilitação para o ingresso dos referidos itens envolvia servidores públicos, presos integrantes de organizações criminosas e presos escolhidos como ‘faxinas’ nos pavilhões.

Os presos com acesso aos aparelhos continuavam a comandar o tráfico de drogas e crimes violentos nos territórios respectivos e ainda auferiam lucros com aluguéis ou revendas dos itens aos demais presos da unidade prisional.

Apreensões

Operação Suíte apreende drogas, armas e eletrônicos em penitenciária de Valadares
Foto: Divulgação/MPMG

Entre janeiro de 2020 e novembro de 2021, considerando que durante a maior parte do período a visitação social foi suspensa em razão da pandemia, foram apreendidos 359 aparelhos celulares dentro da unidade prisional.

Foram cumpridos 30 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão  determinados pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Governador Valadares, nas cidades mineiras de Frei Inocêncio, Conselheiro Pena, Coronel Fabriciano, Timóteo, Conselheiro Lafaiete, Mateus Leme, Contagem e Carmo do Paranaíba, além de Valadares, e em Rio Bananal (ES), Curvelândia (MT) e São Paulo (SP).

Houve 6 prisões em flagrante delito e 3 seguem foragidos.

Apoios

A deflagração da operação contou com o apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e da Corregedoria da Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, Gaeco/BH, Gaeco/Ipatinga e Gaeco/Patos de Minas, e dos Gaecos dos estados de São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo, e polícias Militar e Civil do estado do Mato Grosso e Polícia Civil do estado de São Paulo.

Participaram da operação nove promotores de justiça dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo, 115 policiais militares, sendo quatro da 5º Base Regional de Aviação do Estado (5ª Brave), dois policiais civis, quatro policiais penais e dois oficiais de justiça do estado de Minas Gerais, um policial civil e sete policiais militares do estado do Mato Grosso, 12 policiais militares do Espírito Santo, seis policiais civis de São Paulo.

Os números ainda estão sendo atualizados e a apuração segue em segredo de justiça.

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